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O quê Salomão faria no meu lugar?

  • Foto do escritor: Henrique Cecatto
    Henrique Cecatto
  • 8 de set.
  • 4 min de leitura

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Quando uma pessoa diz que precisa ficar rica de qualquer forma, que precisa ganhar dinheiro “nem que para isso precise-se ser feito coisas hediondas”, de que quer ser milionária ou bilionária ou qualquer tipo de pensamento correlato, já se percebe que essa pessoa tem um conhecimento muito limitado sobre prosperidade e até mesmo de riqueza. Isso porque todo pensamento que imponha pressão é, por si só, um grande impedimento. A pessoa mesma está impedindo as coisas de acontecerem. Está “matando” a naturalidade, impedindo que as coisas fluam. Aliás, se a própria pessoa parar e analisar perceberá que é justamente nestes momentos, quando ela tem esse tipo de pensamento, que as coisas menos fluem. Que tudo trava, que nada anda, que a ansiedade se faz presente.


Então, como alcançar os objetivos sem se perder no caminho traiçoeiro da ansiedade, do desespero e do engano? Para responder esta pergunta é necessário que o indivíduo antes entenda o que é prosperidade. Aliás, este é um conceito sempre polêmico, porque as pessoas associam prosperidade unicamente com bens materiais. O carro dos sonhos, a mansão, a fazenda, o iate, o jatinho particular, a ilha privada, as roupas e acessórios de grife, etc etc. E, no mundo material da competição pela sobrevivência, pensa-se que este é o ápice de sucesso que alguém pode alcançar. “Construir um império = a ter bilhões na conta bancária”. Perguntinha simples: você acha que os bilionários estão essencialmente preocupados com o saldo bancário que eles detém? Será mesmo que estão? Ou eles são capazes de fazer negócios do absoluto zero, com poder criativo, inteligência e networking? A resposta para esta pergunta é conhecível através de uma rápida pesquisa onde se possa encontrar uma lista de quantos bilionários construíram suas fortunas do absoluto zero. Então, nestes casos percebe-se claramente que o que faz a fortuna não é essencialmente a ambição. Mas sim o conhecimento, o domínio sobre as próprias habilidades e a sua área de atuação, a rede de contatos que se constrói ao longo da jornada, o poder criativo que se possui. E assim pode-se gerar fortunas quantas vezes forem necessárias. Se perder tudo, reconstrói-se. Se por algum acaso perder todo o patrimônio, é capaz de reerguer o império novamente. Porque a pessoa sabe o que deve ser feito, não recebeu de “mãos beijadas”. A própria pessoa construiu aquilo, a pessoa trilhou o caminho. Ela sabe, agora, o que deve ser feito e o que deve ser evitado para ter os resultados. Então, o caminho se abre. Lembram que sorte é estar preparado para as oportunidades quando elas aparecem? E que tal se o surgimento das oportunidades fosse a criação das mesmas, de acordo com todos os recursos que se tem em mãos?

É claro que ambição é importante. É evidente. Ambição significa desejo de mudança, anseio por melhora. É fundamental que se tenha ambição para que se tenha sucesso. Sem isso, os objetivos serão vazios e não portarão o estímulo necessário para serem almejados. Portanto ser ambicioso é parte integrante da conquista da prosperidade. Porém a ambição está nos bens materiais ou em exercer o seu poder criativo? A ambição está em comprar uma casinha para se aposentar ou em fazer a diferença de verdade no mundo? A ambição está em comprar o carro dos sonhos ou em deixar um legado? Isso diferencia os homens medíocres dos grandes homens, sejam lá qual feito marcante tenham realizado. E, neste caso, a pergunta do título deste texto encaixa-se em grande estilo: o quê Salomão faria no meu lugar? No seu lugar. Salomão, o homem mais sábio e rico que já existiu. Como será que ele pensava? Como será que ele sentia? O que era ser próspero para ele, o homem mais sábio e rico que já existiu? Será que Salomão queria um casinha para se aposentar ou queria deixar um legado em seu reinado? Será que Salomão era egoísta e competitivo ou sabia que era único e, por isso, não precisava competir com ninguém? Será que Salomão era mesquinho e avarento? Ou tinha aprendido que, quanto mais se é genuíno de coração (livre de segundas intenções e anseios de retribuição), mais se recebe de volta? 

Outra questão: ser próspero e querer dominar o mundo todo, dominar as pessoas? Ou é justamente o contrário disso, dar liberdade à tudo e à todos para que se possa ter liberdade também? Ser próspero é participar do sistema para perpetuação do aprisionamento da Matrix ou é justamente o oposto disso: transcender todos os aprisionamentos mentais, emocionais, materiais e espirituais? Essa é uma questão que precisa ficar respondida e absolutamente clara para todos aqueles que desejam alcançar sucesso, prosperidade e riqueza na vida. Caso contrário, poderão ter conquistado coisas valiosas e grandiosas e ainda pensarem que são fracassados. Por comparação com situações e pessoas que só se sustentam através de aparências e imagem fabricada. 

É preciso que se analise de maneira muito atenta se as ações das pessoas se encaixa no discurso que elas pregam. Em todas as situações da vida de um indivíduo. Isso revelará se aquela situação é genuinamente real ou se é fabricada, sucesso de aparências. Com a internet, volto a repetir, nunca foi tão fácil se aprender, se obter conhecimento e, também, se perceber quem tem ações contrárias aos discursos que prega.

Por fim deve-se recordar o valor da autoestima, de não se ter necessidade de provar nada à ninguém. Apenas viver de acordo com sua essência e expressar sua natureza de maneira natural e fluída. Quando se faz isso, a prosperidade é inevitável. Não é necessário fazer esforço para que ela ocorra. Ela simplesmente flui, é consequência do alinhamento do indivíduo. Então, toda conquista é celebrada. Toda conquista é valorizada. Não se vive na pressão do anseio e nem no tédio de se possuir, como disse o escritor. É o contrário: se vive na realização da construção constante e na alegria do dever cumprido. E assim sucessivamente, de objetivo em objetivo, de conquista em conquista, de realização em realização. Isso é impossível? É claro que não. Basta que se ajuste a conduta do indivíduo para esta postura. E isso começa nas crenças a respeito do conceito de prosperidade. 

 
 
 

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