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O subjetivo é mais poderoso do que o objetivo

  • Foto do escritor: Henrique Cecatto
    Henrique Cecatto
  • 26 de set.
  • 6 min de leitura

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A linguagem subjetiva é incomensuravelmente mais poderosa do que a linguagem objetiva, em termos de efeitos. Entender isso é apropriar-se de uma poderosa chave, como as demais que estamos trazendo através destes textos. E para entender isso é preciso que nos lembremos de que aproximadamente 87% de todo o conteúdo da consciência é desconhecido pelo indivíduo. Isto é, in-consciente (ausente de consciência). Apenas 13% é consciente, é conhecido pelo próprio indivíduo. É por isso que o inconsciente governa, rege a vida do indivíduo. E da sociedade também - pois é apenas a soma de todos os indivíduos, por sua vez.

Então quando se tenta fazer mudanças na vida e começa-se de maneira muito empenhada e dedicada, mas logo desmorona e tudo volta como antes é porque não mudou o conteúdo do inconsciente. Autossabotagem nada mais é do que os conteúdos do inconsciente predominando sobre os anseios e vontades do consciente. É simples entender a teoria por trás disso, mas pode ser um pouco trabalhoso mudar isso. Não é impossível, mas é trabalhoso. E vocês ja devem saber que tudo aquilo que dá trabalho é rapidamente condenado, descartado, menosprezado.

Acontece que todos aqueles que desejam poder (e que detém) sabem exatamente do poder do subconsciente. Sabe-se que o inconsciente (que é uma parte da consciência do indivíduo) armazena todos os conteúdos que chegam até ele ininterruptamente, sem distinção. Armazena como um grande arquivo de imagens, sons, odores, sabores, memórias, experiências, pensamentos, leituras, filmes assistidos, fisionomias, conhecimentos de todos os tipos, “memórias” de vidas passadas, etc. Tudo está lá. E quem sabe acessar estes conteúdos consegue tomar as rédeas da própria vida. Porque quando sabe acessar pode transformar o que quiser na própria consciência.

A própria consciência é que se autodetermina. Entender este conceito pode ser muito difícil para muitas pessoas, mas é extremamente libertador. Quando você percebe que a única coisa que está limitando a sua própria consciência é a sua própria consciência e nada mais, tudo se transforma. Quando isso é verdadeiramente entendido, um grande insight “explode” dentro da consciência do indivíduo. Um salto quântico consciencial ocorre. E a pessoa passa a enxergar tudo de outra maneira. Até que isso não ocorra, pequenas camadas dos vários véus (filtros) consciências vão sendo lento e gradativamente removidas. E isso denomina-se expansão da consciência.

Essa expansão, por sua vez, tem um ritmo e velocidade particular para cada indivíduo. Portanto, quando a pessoa entende que o inconsciente está regendo a sua vida, ela pode tomar possa desses conteúdos e transformá-los da melhor maneira que for possível naquele momento. “Da melhor maneira que for possível” é, no final das contas, uma análise da própria consciência acerca de seus próprios conteúdos. É por isso que a consciência é infinita e a evolução é infinita. Porque tudo o que existe - e só o que existe - é a consciência.

Então, quando se revela que o subjetivo é mais poderoso do que o objetivo, muitas pessoas rejeitam. A maioria das pessoas, na verdade. Porque existem crenças de que o mundo invisível (e isto inclui o mundo da consciência, pois este não é tangível materialmente) não existe. E esta é uma crença que limita o indivíduo absurdamente. Quer dizer: se o mundo invisível não existe, em qual “mundo” estão os seus pensamentos? Em qual dimensão está o plano mental, onde estão todos os seus pensamentos? Ou os seus pensamentos são algo “material”, “concreto”?

Percebem a incoerência?

Mas, para todos aqueles que entendem que existe algo além do mundo material, as portas estão abertas. Para aqueles que relutam em aceitar essa verdade, talvez as portas estejam fechadas. E permaneçam fechadas, ou muito difíceis de abrir. Quando porventura abrem, parecem um “milagre”, “obra do acaso”. Não se consegue entender o que aconteceu, e nem como aconteceu. E a vida continua um “mistério insondável”, sem direção, sem rumo, sem coerência, sem regras, sem sentido…

Mas todas as respostas estão e sempre estarão no inconsciente. Quem tem prosperidade, abundância, alegria e saúde, tem conteúdos correspondentes à tudo isso em predominância no inconsciente. O oposto disso também é absolutamente real. É por isso que todos aqueles que fazem um estrondoso sucesso entendem de simbolismo, de psicologia, de propaganda, marketing, etc. Porque eles tomaram as rédeas nas próprias mãos. Não estão sendo conduzidos pelo próprio inconsciente; aprenderam a domá-lo e à transformá-lo para que produza os efeitos que desejam na própria vida. E os efeitos podem ser os mais amplos e variados possíveis e imagináveis. Porque tudo aquilo que a mente humana é capaz de conceber, ela é capaz de alcançar.

Então quem deseja transformar a própria vida precisa começar transformando o próprio inconsciente. Transformando as crenças profundas que estão sendo trazidas já há muito tempo à respeito de todos os assuntos que você vive. Acerca de absolutamente todos os assuntos. Você não é uma vítima do seu inconsciente; mas sim, ele é parte de você. Então, você deve tomar as rédeas para melhorá-lo até que ele tenha se tornado aquilo que você deseja. Essa mudança é capaz de conferir - ou devolver - sentido à vida de qualquer indivíduo.

Quando alguém diz que agiu por impulso e depois se arrependeu do que fez, quem estava no controle? A consciência ou a in-consciência? É claro que é a in-consciência! A falta de consciência, a falta de pensamento analítico e racional antes de agir. Agiu por impulso, agrediu por impulso, xingou por impulso, revelou segredos que não devia, comprou por impulso, etc etc. O in-consciente fez isso - e a pessoa nem teve tempo de frear. Quando se deu por conta, já tinha feito. E qual o gatilho que ativou isso? Qual foi o estímulo sutil e “subliminar” que a pessoa foi exposta? Percebem como a questão é complexa…?

E é pelo motivo que foi explicado lá no primeiro parágrafo que as pessoas não mudam quando se pede para elas mudaram, por exemplo. Quantas vezes você já pediu (ou ordenou) para os seus filhos ou cônjuge cumprirem uma tarefa e isso não produziu efeito nenhum? Quantas vezes você já tentou motivar seus funcionários e não percebeu diferença nenhuma? Aliás, quantas e quantas reuniões e eventos motivacionais são realizados em empresas todos os anos… E quais os efeitos práticos disso? Quanto aumenta o nível de realização dos funcionários? E quanto aumenta o faturamento da empresa? Pois é, porque o nível de realização dos funcionários está diretamente ligado ao faturamento da empresa. Mas quantos empresários percebem isso? Quantos sabem que o subjetivo é mais poderoso do que o objetivo?

Quantos vendedores sabem que toda venda ocorre de maneira indireta? Quem vende deveria saber que se tentar forçar uma venda, não venderá. Mas quantos tem consciência disso? E é por isso que o marketing é a “alma do negócio”, como se diz. Porque é isso que vende. É o produto que se vende por si próprio. O vendedor é um intermediário entre o desejo do cliente e o produto. É uma ponte. O cliente tem o desejo, o produto tem os benefícios e prazeres que o cliente está buscando naquele produto. Logo, o vendedor é apenas um intermediário. Ele mostra o produto, apresenta, estimula a curiosidade e os sentidos do cliente.

É a conexão que vende, é a curiosidade que vende. O mistério, a sedução. E não estou falando no sentido sexual ou romântico. Quem sabe vender sabe exatamente o que eu estou falando. Vender é envolver, é encantar. Seja lá o que for que esteja sendo vendido. Desde um chiclete até um jato de quatrocentos milhões de dólares. Ou um contrato de cem jatos desse valor. Não importa.

E isso é aplicado aos relacionamentos afetivos, também. É claro! Pois todo o sentimento que é mantido um “mistério”, um “segredo”, algo “dúbio”, é estimulante. Tudo aquilo que é completamente desvelado, perde seu efeito. Então, para se manter um relacionamento “aceso”, é preciso que se mantenha o mistério. Que saiba se manter a curiosidade, a novidade, o envolvimento e a sedução na relação mesmo com o passar do tempo. Porque é isso que envolve, é isso que gera conexão. O inconsciente - e não o consciente.

E aqui, mais uma vez, vemos o poder dos símbolos. O poder do efeito que os símbolos causam no inconsciente. E isso não é algo abstrato. Pelo contrário, os efeitos sempre são vistos. Basta observar para perceber. Então, quando alguém diz que mensagens subliminares não existem, que simbolismos são “bobagens”, que psicologia é “pseudociência”, etc; na verdade esta pessoa está apenas confessando uma tremenda ignorância. Talvez um medo de perder suas bases e estruturas inconscientes…

 
 
 

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